Descrição
A escrita de Isabel Zapata busca responder à urgência de pensar os animais para além da domesticação, do utilitarismo ou da lógica das necessidades. Em “Caderno de Aves”, publicado no livro Alberca Vacía, os animais talvez sejam fabuladores, façam rituais de vida e de morte – inegavelmente acompanham a história da técnica, da geografia humana e figuram na literatura expandindo as possibilidades da ficção. De que modo escutar os animais, escrever com eles a partir de um lugar de partilha? São estas algumas das linhas de força desse ensaio em notas de Isabel Zapata.
“A casa desmorona, se constrói e volta a desmoronar. Mas algo sempre se conserva, espaços que excedem seu território, posses que não é necessário colocar em caixas nem resgatar do desmoronamento porque são impossíveis de perder. Paredes que não se desmantelam porque sua estabilidade é de outra índole. Nova definição de lar: algo que se (re)constrói todos os dias. Outra maneira de migrar?”
Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Projeto 1094/2020.