n.36 | 2015 – “Oh Esta É a Criatura Que Não Existe”

Harold Rosenberg

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Descrição

Os poemas modernos são muitas vezes anotações a uma atividade experimental secreta conduzida pelo poeta com o propósito – segundo a frase de Rilke – de “transformar a terra”. A atividade continua, quer produza poemas, quer não, embora possamos assumir que se altera quando a anotação começa, pelo processo de se observar a si mesma e pela intervenção da linguagem. Enquanto registo de acontecimentos e combinações que assim são trazidos à luz, o poema aponta não para si mesmo como um objeto mas para o processo em que teve origem e para as “novas realidades” nascidas com ele. Envolvido na manufatura de seu próprio assunto, um tal poema parece muito afastado do tipo tradicional em que uma paisagem ou uma história amorosa é usada para “fazer” a obra de acordo com uma ideia pré-estabelecida quanto ao que é um bom poema.

Informação adicional

Ano

2015

Tradução e notas
Gustavo Rubim