n.177 | 2024 O beijo da consciência

Pablo Katchadjian

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Descrição

Este ensaio dedica-se a traçar a coreografia da consciência diante da coisa, ou ainda, o modo como a consciência opera os seus exercícios de aproximação àquilo com que busca se relacionar. Os caçadores, o olhar estrábico, o humor e o movimento contínuo estão presentes neste texto, assim como uma ilustração que fortalece o seu espírito didático. É um ensaio que trabalha uma rara combinação – porque oferece concretude a movimentos sutis, porque torna mais duradouro o instante em que, diante de algo, um sujeito sente a própria consciência.

“São formas de se aproximar: a coisa está lá, mas, por mais que se queira, não podemos abordá-la diretamente, porque entre a pessoa e a coisa está a consciência. Se tivéssemos a graça, como um animal ou como um menino de três anos, poderíamos, mas já não a temos. Não somos como essas belas almas das quais falavam os românticos, não agimos espontaneamente sempre de acordo com nós mesmos. No entanto, aspiramos a isto: a que nossas ações sejam espontâneas e estejam de acordo com nós mesmos.”

Edição e preparação de texto
Maria Carolina Fenati

Tradução
Gabriela Albuquerque

Revisão da tradução
Thiago Panini

Revisão
Andrea Stahel

Projeto gráfico
Luísa Rabello

Coordenação da coleção
Luísa Rabello, Maria Carolina Fenati

Belo Horizonte, setembro de 2024