n.171 | 2024 Como ler um poema?

Hugo Padeletti

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Descrição

Neste ensaio breve, Hugo Padeletti escreve sobre algumas maneiras de ler um poema, ou talvez de com ele conviver,  como quem está ao lado de um animal que, todavia, ainda não caçou. Escreve sobre ler um poema com a mente livre de preconceitos, observando o seu osso e também a sua constelação de imagens; sobre traduzir poemas de outras línguas, e em todos os casos ter atenção à sintaxe e escutar a estrutura sonora. Ler poemas montando categorias, desconfiar de alguns, entregar-se a outros. De todos esses exercícios, não se extrai uma regra, e sim um modo de continuar a ler e responder ao desejo de estar perto da beleza.

“[…] um bom poema é uma obra de arte. Além do que o poeta diz – informação, concepção do mundo, comunicação de experiências, ‘mensagem’, como já foi dito –, o poema é um objeto de beleza. A função da beleza na vida de um indivíduo e de uma cultura é incomparável e insubstituível. É por isso que gostaria de terminar lembrando os versos de Endymion, de Keats: ‘A thing of beauty is a joy for ever;/ its loveliness increases; it will never/pass into nothingness’, que podem ser mais ou menos interpretados como: ‘Um objeto de beleza – uma obra de arte – é uma alegria para sempre; sua beleza aumenta; nunca passará ao nada’.”

Edição
Maria Carolina Fenati

Tradução
Florencia Guzzetti

Revisão da tradução
Clara Delgado

Preparação de texto
Maria Carolina Fenati

Revisão
Andrea Stahel

Projeto gráfico
Luísa Rabello

Coordenação da coleção
Luísa Rabello
Maria Carolina Fenati

Março de 2024