Descrição
Este texto foi lido por Maria Gabriela Llansol, em Paris, durante o evento Les Belles Étrangères, em 23 de outubro de 1988. Partindo do tema “Os Prosadores Portugueses na Europa”, Llansol traça um desenho histórico da hegemonia na Europa, buscando, a contrapelo, nomear aquilo que restou invisível naquele território. Escrever a partir dos esquecidos, daquilo que resta para além dos Príncipes e do Poder, operar mutações no olhar e no estilo, na língua e no imaginário – esses são modos de abrir espaços para a evolução do possível e, sobretudo, para o imprevisível. “Nós estamos de volta” e é urgente reescrever o que vivemos e o que nos espera. Para isso, os artesãos da escrita são decisivos.
“Nós estamos de volta. Sim, é verdade. Apesar de tão longamente ausentes, nós estamos de volta, e não somos os exóticos por que talvez esperáveis. Entre nós, não há ninguém que vos consiga explicar, de ciência certa, o que connosco sucedeu. Conjecturemos.”