Descrição
Este ensaio de Marina Garcés é um convite à reflexão e ao pensamento sobre o anonimato e sobre o “nós”. Revisitando Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty, a autora propõe a busca por novas chaves para pensar questões fundamentais sobre as relações em tempos de pulverização do laço social. O fio dessa discussão retoma o anonimato como inacabamento e não como indefinição, como coimplicação de sujeitos para a construção do “nós”.
“Aprender o anonimato é aprender essa opacidade do que não cabe no representável, aprender a riqueza do que não está acabado e só pode ser continuado por outros que não conhecemos. Abrir essa possibilidade tem a ver com a velha ideia da emancipação como tarefa coletiva. Uma emancipação para que a ideia de liberdade não remeta ao indivíduo, senão à possibilidade de fazer mundo coletivamente e de maneira autônoma. Como falamos antes: com a possibilidade de conquistar a liberdade no entrelaçamento.”