Descrição
Este ensaio faz relações entre poesia e beisebol. Os gestos do jogo, as posições, os ritmos traçam uma espécie de vizinhança, ou terreno comum e a poesia e o beisebol beiram a indistinção. E também experimenta-se em ambos a relação persistente e imprevisível entre o cálculo e o acaso, como se fosse este o único modo de habitar o campo por eles partilhado. A partir de escritores e esportistas que nomearam essa proximidade, este ensaio testemunha de que modo poesia e beisebol figuram-se mutuamente.
“É fácil entender por que os poetas se interessam pelo beisebol (e sobretudo, por razões óbvias, os gringos): é uma metáfora viva, um poema de nove entradas, uma composição calculadíssima embora serva do acaso e da contingência, uma concatenação de verbos rapidíssimos, uns, e lentíssimos outros. Tantas vezes já foi dito: é a odisseia na qual o rebatedor-Ulisses tenta voltar para casa.”
Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Projeto 0182/2021.