Descrição
A história dos sonhos, contada pelo Subcomandante Insurgente Marcos, “ensina a sonhar ou, o que é o mesmo, a lutar”. A força do sonho reside tanto no imaginário como na ação, tornando-se matéria que nutre a capacidade de ver e de se direcionar a outros mundos, mais justos e adequados à coletividade. Essa história mostra que a realidade é uma narrativa também imaginada, que tenta se instaurar como único estado possível para a vivência, criando seus próprios mitos para justificar a concentração de riqueza da minoria e a consequente escassez imposta à maioria. A força de destituir a injustiça como estado do mundo pode ser encontrada em sonhos que nos guiam pela reformulação do real através de narrativas revolucionárias.
“Por meio dos sonhos os primeiros deuses nos falam e ensinam. O homem que não sabe sonhar fica muito sozinho e esconde sua ignorância no medo. Para que pudessem falar, para que pudessem saber e saber-se, os primeiros deuses ensinaram os homens e as mulheres de milho a sonhar, e deram-lhes os nahuales para que com eles caminhassem a vida. […] Os nahuales dos homens e mulheres verdadeiros são a onça, a águia e o coiote. A onça para lutar, a águia para que os sonhos voem, o coiote para pensar e não dar importância ao engano do poderoso.”
Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Projeto 1094/2020.