Descrição
Neste ensaio, em diálogo com pesquisadoras como Donna Haraway, Vinciane Despret e Isabelle Stengers, Helen Torres questiona nossas heranças emocionais patriarcais e trama imagens vitais para buscarmos outras coreografias ontológicas. Ela nos convida a realizar perguntas que desestabilizem os olhares construídos sobre o amor e abalem a hierarquização afetiva que coloca humanes no centro do universo. Partindo da premissa de que nos fazemos juntes em relação, sua discussão sugere arquiteturas habitáveis, fundadas na confiança, que possam hackear os códigos emocionais normativos.
“Vincianne Despret argumenta que as práticas de domesticação criam e transformam humanes e animais através do ‘milagre da sintonização’ (sujeites que se constroem mutuamente estando juntes) e não da empatia (ume sujeite se transformando ao okupar um objeto). Para que a sintonização seja possível, é necessário estar disponível para os acontecimentos. […] O amor é uma afetação, uma prática de interesse: o que está entre; a criação de uma conexão; o ser importante. Seu ingrediente primordial é a confiança. ‘E você nunca pode ser indiferente à confiança que você inspira’.”
Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Projeto 0182/2021.