n.156 | 2022 – Manifesto do impossível e da responsabilidade da arte

Paloma Bianchi

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Descrição

Neste manifesto, o impossível não é ausente, distante, inimaginável, utópico. O impossível está ancorado no aqui e agora, nesta terra tão devastada que o chama. A arte – e também a vida – que almeja o  impossível, isto é, que quer afirmá-lo, movê-lo, reinventá-lo, é inseparável do pensamento ético. São estas algumas das ideias que este manifesto movimenta, numa linguagem exata e aberta, precisa e também pulsante.

“O impossível também não se alia à ideia de fantasia sem nenhuma relação com os aspectos sociais, políticos, culturais e ecológicos. Em um mundo marcado pela democracia parcial, pelo etnocídio, pelo ecocídio, pela expropriação, pela exploração dos humanos e dos outros-que-humanos, inumanos, mais-que-humanos (aqueles existentes considerados recursos, commodities, produtos), as ações impossíveis devem envolver a superação das desigualdades, das injustiças e das assimetrias. Isso quer dizer que o impossível está ancorado nas problemáticas do viver e morrer juntas em um planeta devastado.”

Este projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Projeto 0182/2021.

Edição e preparação de texto
Maria Carolina Fenati

Revisão
Andrea Stahel

Projeto gráfico
Mateus Acioli

Coordenação da coleção
Luísa Rabello e Maria Carolina Fenati

ISSN 2764-3301

Belo Horizonte, outubro de 2022