Descrição
Em “Abrir amores, fechar fronteiras?”, Brigitte Vasallo parte de uma perspectiva crítica do sistema monogâmico, eurocêntrico e androcêntrico, e dedica-se a pensar as fronteiras criadas pelos Estados e aquelas criadas pelos relacionamentos amorosos como práticas análogas de exclusão. A criação de fronteiras como supostos abrigos de segurança e conforto é questionada quando confrontada a uma gama de violências desencadeadas pelo “pânico da alteridade”: “Romper a monogamia é, principalmente, dinamitar fronteiras, e a própria ideia de que precisamos de fronteiras.”
“Em toda a constelação de ideias que opera no pensamento monogâmico, há duas que remetem tanto à imensa dificuldade de ter relações sexuais-afetivas múltiplas, quanto ao nosso descuido, como sociedade, com o que definimos como alteridade: entre outras, com as pessoas refugiadas e migrantes: o medo (o terror) da perda e o reflexo defensivo da exclusão.”
Projeto Caderno de Leituras, nº 0699, aprovado no Edital 2017 oriundo da Política de Fomento à Cultura Municipal (Lei nº 11.010/2016).