Descrição
Mas nós somos íntimos dos bárbaros. Dos doces bárbaros. Do bárbaro tecnicizado do Oswald. Do bárbaro de Benjamin, que constrói com pouco sem olhar para os lados. Da nova barbárie do Décio: abertura total da sensibilidade aos “contatos vivos”. Há décadas a civilização já se rendeu, pelo menos em espírito, à boa barbárie. E só os modernos se acham civilização & cultura: “o termo civilização moderna é um pleonasmo” (Bauman). O que Caê queria, nos Sessenta, era “um ‘movimento para acabar com todos os movimentos’”, deu-se a Tropicália. Houve sim, portanto e ao menos para ele, ruptura e instalação de um projeto, se não de uma nova civilização, de uma nova barbárie, uma barbárie terna.